quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012


E vivo muitas vidas em minha vida e me pergunto qual delas é realmente minha, se é que alguma delas passa perto disso, essa história louca de ter uma vida.
Mas a verdade é que muitas delas – talvez vidas inteiras, talvez faces da mesma – são vividas concomitantemente, pra não dizer desesperada e atropeladamente, nas nossas curtas e ansiosas vinte e quatro horas do dia!
E no meu íntimo, fico apreensiva pra saber se vou conseguir viver todas essas vidas dentro da minha única e singular vida de hoje – sim, penso no hoje porque se eu for pensar em cada segundo e nas tantas vidas que têm que caber, fracionadas, dentro deles, acho que ai que perco o juízo de vez!
O que importa, com tudo isso, é que querendo ou não, vivo essas todas vidas ai, aqui. E isso tudo independe se é voluntário, obrigado, necessário ou mesmo consciente.
Assim, tampo o nariz e os olhos e continuo vivendo alegremente....
E eis que exsurge a vontade de escrever! Ela se transforma, logo, quase numa necessidade...! Mas, que estranha companhia, o medo, do escrito, de ser lido! É quase uma insanidade!!!