quarta-feira, 19 de janeiro de 2011


 (Imagem: http://www.flickr.com/photos/aneaguirre/2209493364/)

Já fiz poemas para que fossem lidos, para que fossem escondidos e para que fossem descartados.
Há uma semana, leram um desses, escrito em verso de papel importante, 
pra que ficasse esquecido com cheiro de nada.

Mas qual não foi minha surpresa... as palavras, separadas em verso, chamaram a atenção dos olhos que arrumavam a mesa, que na noite anterior fora usada para receber algumas lágrimas.

Leram as veias de minhas pétalas...
… silêncio...
Respirei. Contei até três.

Perceberam minha fragilidade e mudaram de assunto.

(frô)

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Acho que sou três.

(Imagem retirada do blog: http://baudefragmentos.blogspot.com/2010/04/margarida-da-serie-flores.html)
Primeiramente, sou. Não sou sempre, mas acho que embora seja a essência, é o que vem depois do primeiro, é o resultado que embora todos tenham, poucos sabem fazer, ou melhor, ser. Essa sou eu que mais dói.
Então, posso dizer também que existo e que existir nem dói tanto assim. É uma máscara fascinante que ostento… retificando… é uma máscara reles que de forma fascinante ostento, pela qual me faço ver primeiramente.
Por último, vem a mais interessante de mim… é a que é, mas numa sutileza que chega a dar medo de tão simples, viva e bela. É quando sinto a felicidade correndo no meu sangue. É quando me fundo ao mundo. É quando sou de um jeito diferente, nem doloroso e nem simplesmente existindo. É quando sou e sinto verdadeira satisfação e prazer por ser e existir, apesar de.
Na maior parte do tempo, sou a segunda descrição. Em boa parte do restante, sou a primeira. E raros são os momentos em que consigo escalar minha alma ao ponto de ser a terceira…
Pensando bem, acho mesmo é que sou várias e me resumi demais, me resumo demais… talvez sou muitas mais… o que não quer dizer que eu seja muito mais…