segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Acho que sou três.

(Imagem retirada do blog: http://baudefragmentos.blogspot.com/2010/04/margarida-da-serie-flores.html)
Primeiramente, sou. Não sou sempre, mas acho que embora seja a essência, é o que vem depois do primeiro, é o resultado que embora todos tenham, poucos sabem fazer, ou melhor, ser. Essa sou eu que mais dói.
Então, posso dizer também que existo e que existir nem dói tanto assim. É uma máscara fascinante que ostento… retificando… é uma máscara reles que de forma fascinante ostento, pela qual me faço ver primeiramente.
Por último, vem a mais interessante de mim… é a que é, mas numa sutileza que chega a dar medo de tão simples, viva e bela. É quando sinto a felicidade correndo no meu sangue. É quando me fundo ao mundo. É quando sou de um jeito diferente, nem doloroso e nem simplesmente existindo. É quando sou e sinto verdadeira satisfação e prazer por ser e existir, apesar de.
Na maior parte do tempo, sou a segunda descrição. Em boa parte do restante, sou a primeira. E raros são os momentos em que consigo escalar minha alma ao ponto de ser a terceira…
Pensando bem, acho mesmo é que sou várias e me resumi demais, me resumo demais… talvez sou muitas mais… o que não quer dizer que eu seja muito mais…

2 comentários:

  1. Não somos sempre, não é mesmo?
    Temos máscaras que nos sustentam e devemos estar abertos a nos conhecer e nos desvendar, mesmo que pareça impossível. É bom ser "muitas mais", sem querer ser "muito mais"!

    bj

    Betha

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  2. Eu sou errado e covarde e triste / intelectual / feliz e usando um cachecol. Não importa qual dos três eu seja, eu estou sempre sozinho, e isso faz de mim mais do primeiro e menos dos outros dois.
    É ruim quando tem no mundo uma mulher que sofre e escreve. Pra mim tem um quê de não ser justo.

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