sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Erva

Entre tudo e entre nada,
consigo o impossível...
ando sem sair do lugar.
Fecho os olhos e enxergo tudo...
que queria e que não queria.
Abro a boca e o mundo entra em mim...
e um outro mundo sai de mim.
Engulo orgulho, saliva, raiva...
e vomito Deus, amor, água.
Penso tanto, que dói...
e por sofrimento me movo.
Milagre promovo...
mas queria tão menos...
Queria só saber o que fazer...
ou fazer o que sei que devo...
Mas sou fraca, ridícula, mimada...
não sou flor, não sou nada.
Sou erva...
e das mais bizarras!

Um comentário:

  1. Para mim, você é uma antiga e linda flor. Tirando o final do texto, identifiquei-me por completo, temos coisas em comum!

    Um abraço, feliz 2012!

    Suzana/LILY

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