Ainda não sei.
Não sei se, em fim, você será tão somente um mar em ressaca. Não sei se foi um vento forte que passou, fez um baita estrago e também trouxe sensações únicas; e não volta mais. Não sei se você vai ser uma onda que apaga todo um castelo de idéias já construído, toda vez que chega – e chega sempre, e vai, e chega, e vai. E se for a onda, nesse vai-vem, acaba se estruturando como parte indispensável do mar. Não sei, amor, se você vai ser a chuva que chega, molha, limpa e evapora para molhar novas terras. Não sei se vai ser o ar que vou respirar daqui pra frente, pra todo o sempre, ou por algum tempo. Não sei se você foi, se é ou se ainda será. Ainda não sei, meu amor. Ainda não. Porque algo me diz que nem nossa última conversa, terminando todo o nada que temos um com o outro, vai resolver. Ainda temos chão a caminhar, juntos ou não. Só acho que temos muito a viver, juntos. Mas sinto, sinto muito, que não vamos. Mas não sei. Sei lá! Posso estar errada e queria estar. Só espero, mesmo, que o próximo passo que daremos, pra mesma direção ou pra direções opostas, seja guiado por Deus. E que esse fim seja um fim em si mesmo, a nos levar para novas e abençoadas direções.
Nenhum comentário:
Postar um comentário