terça-feira, 10 de março de 2015


Ainda não sei.
Não sei se, em fim, você será tão somente um mar em ressaca. Não sei se foi um vento forte que passou, fez um baita estrago e também trouxe sensações únicas; e não volta mais. Não sei se você vai ser uma onda que apaga todo um castelo de idéias já construído, toda vez que chega – e chega sempre, e vai, e chega, e vai. E se for a onda, nesse vai-vem, acaba se estruturando como parte indispensável do mar. Não sei, amor, se você vai ser a chuva que chega, molha, limpa e evapora para molhar novas terras. Não sei se vai ser o ar que vou respirar daqui pra frente, pra todo o sempre, ou por algum tempo. Não sei se você foi, se é ou se ainda será. Ainda não sei, meu amor. Ainda não. Porque algo me diz que nem nossa última conversa, terminando todo o nada que temos um com o outro, vai resolver. Ainda temos chão a caminhar, juntos ou não. Só acho que temos muito a viver, juntos. Mas sinto, sinto muito, que não vamos. Mas não sei. Sei lá! Posso estar errada e queria estar. Só espero, mesmo, que o próximo passo que daremos, pra mesma direção ou pra direções opostas, seja guiado por Deus. E que esse fim seja um fim em si mesmo, a nos levar para novas e abençoadas direções.  

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