Ainda me pergunto diariamente: o que é que querem de mim?
Agi, vivi, aprendi tantas coisas… e fazendo uma análise de tudo, decretei minhas vontades e fui fazendo, fui agindo, realizando-me toda nelas, ao meu tempo, inclusive com ele ao meu lado, ele, o tempo.
Listei muito do que me apetece e muito mais do que repudio.
Mas qual não foi minha surpresa!
Deus tomou-me a direção…
Já gritei, esbravejei, chorei… e por fim, sei lá... sorri…
Mas deus já a segurava, a minha vida…
(justamente aquele deus que pela minha incerteza sua, trato por “você”, justamente para que não lhe pareça que o respeito ou que eu acredite que ele é. Não o desrespeito. Não, isso não. E até peço que ele olhe pelos meus, por via das dúvidas. Mas…)
E fez-me mais uma vez, querer falecer, simplesmente.
Engraçado como tantos temem a morte,
Outros tantos a desejam e
Eu e outros tantos, a esperamos ansiosamente…
E Clarice (sempre), descreveu talvez por completo o sentimento
Do estado do eterno suicida:
“Já quis estar morta, não porque não quisesse a vida – a vida que ainda não lhe dera o seu segredo (…)” e, mais adiante, na mesma obra: “a verdade é que não sabia viver.”
... é... essa é a verdade...
e se aprende?