Não estranhe se um dia me ouvir:
“lembra, quando a gente...”
e você sinceramente não se lembrar!
Não estranhe, também,
se eu parecer conhecer
seus gostos e seus medos;
seus gemidos, seu silêncio.
Te leio tão bem!
Foram noites de tagarelice,
toques, suspiros, risos e aconchegos!
E você vai, imediatamente, pensar:
“Louca! Apenas uma noite e...!”
Eu sei, eu sei.
Mas é você quem não sabe
das noites que se desdobraram
dessa singela lua
no meu fértil imaginário!
Ah, mas como são lindas as nossas...
Oh, não!
As minhas!
Tão doces e ardentes recordações,
que não existiram
para mim, senão!
(frô)
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