terça-feira, 27 de outubro de 2015
Carta de Ju para frô
Para frô, um pássaro à espera do voo.
Meu lindo pássaro azul, acredito que tenha essa cor pois te assemelhas ao teu lar, o céu. Longínquo, acima de nossa cabeça, portanto, acima de nossa razão. O céu e tudo o que nele existe, tem a incrível capacidade de nos tornar mais ternos: O pôr e o nascer do sol, as estrelas e lua, a chuva. Talvez por isso seja o lugar do pássaros...o pássaro vive com a “cabeça nas nuvens” e tem a sorte de saber bater as asas e sair por ai, diferente daqueles que nunca verão as belas paisagens lá de cima, por ficarem sempre com os pés no chão.
Desculpe a intromissão em tua vida pacata, sem muitos sonhos...desculpe também por tocar na ferida aberta que em teu peito há. Mas não pude deixar de notar...tu não sabes voar. Escutei rumores de que isso se deve a tua incredulidade em relação ao amor. E tive que acreditar, pois sei bem que quem não acredita no amor, não pode voar.
Quero acalentar teu peito cansado, meu caro pássaro, dizendo que todos nós sabemos amar, só nos resta apenas a sorte do encontro. Deve estar a se perguntar que relação tem o encontro com o voo. Esclareço, o amor não acontece para aqueles que desesperadamente o buscam, mas para aqueles que são agraciados com a oportunidade de encontrá-lo por ai.
Pode lhe parecer triste demais a ideia de esperar, mas não se entristeça meu caro, é no tempo de espera que nossas asas ganham força. Pois para amar, assim como para voar, é necessário se preparar psicologicamente para conhecer o mundo gigantesco que é o outro ser , novos lugares, novos mundos...requerem de nós coragem e força para encarar o mundo lá de cima.
Talvez seja essa a nossa maior missão, e quem sabe a mais doce delas... A espera pelo reencontro, que nos traga um sorriso, um longo abraço, um acalento para o peito cansado, um encontro de almas que precisam estar próximas para sentirem que são inteiras.
Todo mundo sabe amar, todo mundo pode amar..só nos resta a sorte do encontro. “Neste mundo de tantos anos, entre tantos outros...que sorte a nossa heim?!”.
Querida amiga, desejo-lhe sorte.
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