Ainda
não sei.
Não sei se, em fim,
você será tão somente um mar em ressaca. Não sei se foi um vento forte que
passou, fez um baita estrago e também trouxe sensações únicas; e não volta
mais. Não sei se você vai ser uma onda que apaga todo um castelo de idéias já
construído, toda vez que chega – e chega sempre, e vai, e chega, e vai. E se
for a onda, nesse vai-vem, acaba se estruturando como parte indispensável do
mar. Não sei, amor, se você vai ser a chuva que chega, molha, limpa e evapora
para molhar novas terras. Não sei se vai ser o ar que vou respirar daqui pra
frente, pra todo o sempre, ou por algum tempo. Não sei se você foi, se é ou se
ainda será. Ainda não sei, meu amor. Ainda não. Porque algo me diz que nem nossa
última conversa, terminando todo o nada que temos um com o outro, vai resolver.
Ainda temos chão a caminhar, juntos ou não. Só acho que temos muito a viver,
juntos. Mas sinto, sinto muito, que não vamos. Mas não sei. Sei lá! Posso estar
errada e queria estar. Só espero, mesmo, que o próximo passo que daremos, pra
mesma direção ou pra direções opostas, seja guiado por Deus. E que esse fim
seja um fim em si mesmo, a nos levar para novas e abençoadas direções.
14/09/2014
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