terça-feira, 30 de agosto de 2011




Me aguarda,
Mais uma escolha.
Me cansa,
Morrer e ressuscitar.
Melhor acontecerem,
As coisas,
Sem escolha.
Óh, céus!
Decisões,
De cisões,
Me guarda!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Justificando-me: ELE!!!

Após um looooongo sumiço, explico abaixo o motivo...  e me adianto a pedir desculpas por ser o poema tão extenso... mas tinha que ser... 
Agora, sou mãe de três belos meninos! E por isso mesmo, não sei quando irei postar novamente, mas tentarei estar presente!




Ele
Um e um são um fora do outro.
E ele vai tomando minha vida de um jeito tão gratuito,
Tão doado, tão dado,
Que minha vida se torna vida dele, nele, por ele.

E mais um, esse que surge quase do nada,
Me dá e me devora,
Me cansa e me cala,
Me enterra e me anuvia.

E enquanto mostro o mundo para ele,
Ele me mostra os efeitos do mundo nele.
A mim, resta rir e chorar, aprender e apreender.
Dormir, acordar, enxergar, agir, amar.

E depois de dado o que eu achava que era
o restinho de mim, vem…
mais vida!
Ainda um restinho de vida que multiplica e de resto não tem nada!

E lhe dou… tempo, suor, lágrima, leite, pele e penso,
Percebo que já dei tanto disso…
Percebo que ainda tenho tanto disso para dar…
Percebo que ainda assim, continuo lhes dando (minha) vida.

Faço regime sem precisar
para que eles possam repetir as porções no almoço.
Tenho insônia de olhos pesados
Para que eles cresçam também pela noite.
Aprendi a gostar de verduras e hortaliças
Porquê comer colorido faz bem para a saúde.
Não vejo novelas ou filmes adultos
Porque bom mesmo é desenho animado.
Nunca tive medo de baratas, mas agora,
nem morcego, lobisomem, nem cuca me assusta!
Sou mestre em me recuperar de doenças,
Cirurgias, depressões e tempestades
Para que esteja preparada para ampará-los
Se acaso caírem (da cama, da escada, da árvore, do céu).
 
E o melhor de tudo: me tornei feiticeira!
Transformo minhas lágrimas, minha fadiga e meu pior
em riso.
Transformo meu beijo e meu sopro no melhor e mais eficaz
Remédio, calmante, cicatrizante do corpo
e da alma.
Cheguei ao ápice de meu poder de síntese ao realizar minha
Oração: Senhor, os guarde.

E minha vida…
Vai deixando de ser minha vida…
E minha vida…
Vira coadjuvante na minha própria vida…
Que tem meros três protagonistas
(e mais um coadjuvante)…
Mesmo sabendo que um dia, não terei protagonistas,
porque cada um será ator em sua própria vida...

E eu…
quê me resta?
E eu...
simplesmente...
Amo.