terça-feira, 19 de fevereiro de 2019


A vulnerabilidade incomoda porque expor a carne viva ao mundo é algo instintivamente arriscado e, consequentemente, medonho.
Hoje, percebo que um relacionamento não se baseia, como já tentaram me ensinar, na decisão de estar juntos. A decisão é mental e a mente, mente, nos engana e perde forças ao percebemos que ela não se confunde, exatamente, com a consciência, que é real.
Percebo, também, que um relacionamento não se baseia simplesmente na história vivida, porque história é passado e vida é presente e é futuro.
Não se baseia somente em personalidades, objetivos ou pensamentos afins.
Exige-se, antes, uma afinidade mais íntima; duas essências naturalmente sintonizadas, que independem de qualquer esforço para a manutenção da frequência. Percebe-se uma sintonia intrínseca ao par, na mera existência.
Nas minhas amizades de longa data, não decidimos que seríamos amigos para sempre. Há vínculos acordados – como o de padrinhos dos filhos ou de casamento – que incentivaram a proximidade, mas não garantiram.
Vejo muitos amigos com pensamentos afins, não tão próximos. Vejo amigos de infância que entram na história participam das memórias, mas não fazem parte do meu presente.
Por outro lado, identifico algumas poucas almas cujo olhar continua cúmplice, mesmo que os anos passem; as palavras são abreviadas porque os sentimentos também falam; os sorrisos não são ensaiados; neles, reencontramos certezas imutáveis e, se olharmos pra trás, vemos que a aproximação foi quase sem perceber, natural e espontânea.
O que temos em comum? Nossas essências.
Mas o que é que tudo isso tem a ver com a vulnerabilidade?
É que os riscos reais vêm da incompreensão, da desarmonia, da disparidade, da dissintonia. Se a pessoa com quem você lida faz parte desse último grupo descrito, não tema.
Ela não vai embora quando descobrir suas sombras. Muito provavelmente, se muitas de suas qualidades a aproximaram de sua essência, suas sombras também carregam afinidade. A vulnerabilidade existe, mas fica um letreiro luminoso piscando sem parar: é seguro se arriscar!


A vulnerabilidade incomoda porque expor a carne viva ao mundo é algo instintivamente arriscado e, consequentemente, medonho.
Hoje, percebo que um relacionamento não se baseia, como já tentaram me ensinar, na decisão de estar juntos. A decisão é mental e a mente, mente, nos engana e perde forças ao percebemos que ela não se confunde, exatamente, com a consciência, que é real.
Percebo, também, que um relacionamento não se baseia simplesmente na história vivida, porque história é passado e vida é presente e é futuro.
Não se baseia somente em personalidades, objetivos ou pensamentos afins.
Exige-se, antes, uma afinidade mais íntima; duas essências naturalmente sintonizadas, que independem de qualquer esforço para a manutenção da frequência. Percebe-se uma sintonia intrínseca ao par, na mera existência.
Nas minhas amizades de longa data, não decidimos que seríamos amigos para sempre. Há vínculos acordados – como o de padrinhos dos filhos ou de casamento – que incentivaram a proximidade, mas não garantiram.
Vejo muitos amigos com pensamentos afins, não tão próximos. Vejo amigos de infância que entram na história participam das memórias, mas não fazem parte do meu presente.
Por outro lado, identifico algumas poucas almas cujo olhar continua cúmplice, mesmo que os anos passem; as palavras são abreviadas porque os sentimentos também falam; os sorrisos não são ensaiados; neles, reencontramos certezas imutáveis e, se olharmos pra trás, vemos que a aproximação foi quase sem perceber, natural e espontânea.
O que temos em comum? Nossas essências.
Mas o que é que tudo isso tem a ver com a vulnerabilidade?
É que os riscos reais vêm da incompreensão, da desarmonia, da disparidade, da dissintonia. Se a pessoa com quem você lida faz parte desse último grupo descrito, não tema.
Ela não vai embora quando descobrir suas sombras. Muito provavelmente, se muitas de suas qualidades a aproximaram de sua essência, suas sombras também carregam afinidade. A vulnerabilidade existe, mas fica um letreiro luminoso piscando sem parar: é seguro se arriscar!