sexta-feira, 27 de julho de 2012


Coisas incríveis que fazemos  durante o processo de maternidade (ninguém nasce mãe, não é mesmo???)

Entrando no carro, eu, às 18:20: “Amor, hoje foi supercansativo...”
Filho 1: “Mãe, eu ‘se comportei’ hoje na escola!
Eu: “”ME COMPORTEI..” Que bom, meu pequeno! Fez as tarefinhas direitinho?”
Filho 1: “A gente fizemos tudinho!”
Eu: “”NÓS FIZEMOS ou A GENTE FEZ”... E bagunça, fizeram também?”
Filho 2: “Só um pouco. A tia não brigou!”
Eu: “Beleza! Eihn, amor... Pelo menos, consegui colocar o trabalho em dia, mas ainda restou muito serviço.”  
Filho 3: “Buáaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!”
Filho 1: “A Galiiiinha pinta-di-nha! E o Gááá-lo Ca-ri-jóóó ...”
Filho 2: “Mãe... o que é ‘espírito’?”
Eu: “Espírito.. é...”
Marido: “Mas falta muito, ainda?”
Eu: “Muito o que..?
Marido: “Trabalho...”
Eu: “Filho, canta baixinho... mamãe tá com dor de cabeça! Ah... o trabalho...talvez termine em uns três dias... e vc.. como foi seu dia?”
Filho 2: “Espírito... o que é, eihn, mãe?”
Filhos 1 e 3: “Há-hahahahaha!”
Marido: “Corrido, também... Fiquei sabendo que o Fulano teve que vender o carro!”
Filho 3: “Buááááaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!”
Todos: "O gaaaaa-lo nem ligoooou... e os pin-tinhos fo-ram correndo..."
Eu: “hum... Espírito é o seu... ‘eu interior..’... aff....”
Filho 1: “Mãe, acho que o neném fez cocô!”
Filho 2: “Não entendi nada!”
Eu: “Mesmo...? Por que??”
Filho 1: “Ué... porque tá cheirando cocô!”
Marido: “Porque levou um ‘tombo’ do sócio!”
Filho 2: “Porque eu não sei o que é “euinteriô””

Eu: "Ah.... deixa pra lá..."

segunda-feira, 23 de julho de 2012








Se escrevo com minha letra normal, chega no final da margem e a última palavra nunca acaba no momento certo em que acaba meu espaço sobre a linha. 
Muitas vezes, nem o hífen resolve a questão. 
Falta mesmo o botãozinho pra “justificar” o texto, pra ficar tudo quadradinho, perfeitinho.
Daí, eu reduzo a letra e os espaços entre as letras. Eu condenso a escrita. Às vezes, dá certo. Outras, tudo se repete e meus textos nunca terminam no final da linha.
Em alguns momentos, quando pressinto – é um ato complexo, que exige mais que observação dos fatos atuais – que vai sobrar espaço demais, eu aumento o espaçamento entre as palavras e quando pressinto que vai faltar espaço, eu condenso as ultimas palavras. Mas ainda assim, quase nunca acerto o ponto final no último milímetro da linha.

E então fico pensando: será que vale tanto esforço, se meu esforço parece indiferente ao mundo? 

E essa pergunta pisa sobre minha mente e a alma e maltrata meu viver.  

terça-feira, 17 de julho de 2012

Estive passeando hoje por casas alheias e achei algo interessante... compartilho:

Ele: A grande verdade (...) é que no dia em que for indiferente casar ou não, é que se deveria casar. O amor nesses casos já atingiu um estágio em que pouco importa o que seja casamento ou não. Mas geralmente fazemos o contrário e sentimos necessidade do casamento, e sem cometer pecados tão graves, nos condenamos ao purgatório.

(...)

Ela: Eu cheguei num determinado momento de minha vida (...) que pouco me importa saber o que está certo e quem está errado. Eu quero é tempo suficiente ainda para ser o que eu já deveria estar sendo há muito tempo (...).

É.... faz sentido... faz muito sentido..
fragmentos de (http://ocasamentoexigeamor.blogspot.com.br/)

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Pro meu bem...


Eu sei lá por que é que você veio pra mim!

Tudo o que te falo é vil, é vão, é fosco, é feio, é torto, é oco.
Se pronuncio palavras você as recebe,
Mas as perde todas na junção.
Frases inteiras com nexos que brilham
No infinito, no finito, no escuro e no clarão!
Tão legais!
Mas pro meu desespero,
Todas elas se esfarelam, na sua mão.

“Somos diferentes!”, você grita. Eu sei, eu sei!
Mas por que, então? Onde está tudo aquilo que eu procurava?
Cadê as horas de conversas sobre idéias, teorias, filosofias?
Cadê os assuntos apolíticos, poéticos, proféticos?
Cadê?
“Patéticos...” – você retrucava...
Sim, patética nossa interseção...
Não entendo nosso gosto, desgosto.
Nossa casa, nossa mão, nosso olhar, nosso altar.

E anoite, me sinto sozinha no meu mundo inteiro frio,
Um cheiro vazio, um olhar torto nesse mundo sem sentido.
E você me recebe sem muito querer saber,
Me aconchega no peito, me sente te sentindo,
E os ventos se acalmam,
As ondas se acalmam,
A alma se acalma e

Se acalma a respiração.
E entendo sem palavras,
porque sim e porque sim, e por que tanto
e porque não.

(frô)


A nuvem se aproximava de mim, lá em cima, no céu, dentro da janela que vejo aberta do nosso quarto.
Ela foi se aproximando. Ela foi me comendo, devorando minha pele, minha carne. Me consumindo célula por célula, dolorosamente, ardentemente e friamente.
Como se não doesse.
Tudo ao meu redor começou a girar numa velocidade terrivelmente veloz, sugando meu travesseiro, meu colchão, meu teto, meu chão.
Já ia te avisar que ela ia te sugar, já ia te segurar, mas já era tarde.
Você também foi sugado pela nuvem devoradora de pessoas, ideias, sonhos, realidade.
Fechei os olhos e pedi: Deus, me adormece pra parar de doer?