sábado, 25 de dezembro de 2010



Tenho inveja das mulheres de riso fácil.
Me encanto com elas
E a beleza dos dentes à mostra,
De boca aberta,
Me comove.
Nelas, os olhos sorriem antes dos lábios.
Elas irradiam uma luz que parece que vem do nada
E vai para o nada.

Invejo as brincalhonas, estabanadas.
Invejo as dançarinas de plantão.
Invejo as falantes, cujas palavras
Viajam sem rumo.
As curiosas bisbilhoteiras.
As que não perdem tempo pensando tanto.
Invejo sobretudo as vaidosas.
Invejo muito as que aos olhos do mundo, vivem.

Tanta inveja só não me mata
Porque sei que não sou assim tudo,
não porque não consigo,
mas porque não sou.
E essa ideia me aconchega.
E sou o que sou
Talvez um nada,
ou só uma invejosa.

A natureza invejosa, na verdade, me cresce,
Me dizendo: sei admirar
E poucas pessoas têm esse dom.
Sou o que sou:
uma invejosa admiradora.
Uma admiradora invejosa.
E como sei que não serei o que invejo,
Apenas admiro e amo. 

(frô)

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010


          Desejo que o Natal, com todo seu simbolismo, encanto e magia, adentre aos corações de nossos amigos e conhecidos, permando-lhes amor, paz e, principalmente, compreensão com o próximo, facultando e exercitando sempre a alteridade e, mais que o perdão, a não-ofensa, a flexibilidade e a capacidade de relevar os erros e anseios dos companheiros que partilham dessa mesma jornada, reconhecendo-lhes com sinceridade o direito humano do erro e do crescimento paulatino, de que tanto, cada um de nós, precisamos; direito este conferido pelo nosso Pai Maior no momento de nossa crianção.

beijo no coração de cada um,
com afeto
e cheiro de flores das mais perfumadas.

Paz.

sábado, 11 de dezembro de 2010


Sei que de todas as minhas vidas, hoje, essa é a mais importante.
(frô)

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

EDITADO

O Mercador


Você me vende flores
E eu as compro com a ternura toda
Que tenho em mim.

Meu mundo em você
Se torna alma em corpo, sem muita profundidade,
Coberta das flores compradas, perfumadas.

E me vejo toda acolhida
me deixando sentir, mesmo sem ser,
com jeito de primavera ganhando espaço.

E sei lá, se é tudo mentira
Se é tudo um teatro, se são todas
de plástico…

Mas se for,
você será somente e nada mais
Que um vendedor de flores.

E eu,
Serei somente e nada mais
que o Sol.


*Publicação editada tendo em vista que o poema foi presenteado com um título pelo caro e admirável poeta Chico Perna.

sábado, 4 de dezembro de 2010



Letras só hão de ter um significado se unidas formarem palavras.
De mãos dadas, pelas semelhanças que as conectou, letras são como amigas de infância que na brincadeira constroem emoção.
Disformes, separadas, deslocadas ou isoladas não dizem nada, são pedaços de um sentimento que não foi ... ficou!


Irla
fonte: www.clubemultiplas.blogspot.com
-------------

Esse texto é de minha grande amiga Irla... saboreiem!