sexta-feira, 13 de julho de 2012

Pro meu bem...


Eu sei lá por que é que você veio pra mim!

Tudo o que te falo é vil, é vão, é fosco, é feio, é torto, é oco.
Se pronuncio palavras você as recebe,
Mas as perde todas na junção.
Frases inteiras com nexos que brilham
No infinito, no finito, no escuro e no clarão!
Tão legais!
Mas pro meu desespero,
Todas elas se esfarelam, na sua mão.

“Somos diferentes!”, você grita. Eu sei, eu sei!
Mas por que, então? Onde está tudo aquilo que eu procurava?
Cadê as horas de conversas sobre idéias, teorias, filosofias?
Cadê os assuntos apolíticos, poéticos, proféticos?
Cadê?
“Patéticos...” – você retrucava...
Sim, patética nossa interseção...
Não entendo nosso gosto, desgosto.
Nossa casa, nossa mão, nosso olhar, nosso altar.

E anoite, me sinto sozinha no meu mundo inteiro frio,
Um cheiro vazio, um olhar torto nesse mundo sem sentido.
E você me recebe sem muito querer saber,
Me aconchega no peito, me sente te sentindo,
E os ventos se acalmam,
As ondas se acalmam,
A alma se acalma e

Se acalma a respiração.
E entendo sem palavras,
porque sim e porque sim, e por que tanto
e porque não.

(frô)

3 comentários:

  1. Incrível veia poética, sempre admirável, posso chamar de tudo, menos de previsível.

    ResponderExcluir
  2. Pro teu bem, apetece dizer que "[...]A alma se acalma e
    Se acalma a respiração.
    E entendo sem palavras,
    porque sim e porque sim, e por que tanto
    e porque não."
    Logo, existe Amor, muito Amor e... razão.


    Beijos


    SOL

    ResponderExcluir
  3. Nao tinha lido as mensagens... parece que teve gente (gente?) que me entendeu! Que bom!

    ResponderExcluir