terça-feira, 13 de julho de 2010

Busco:

Ainda não me sinto inteira. As amarras persistem. Parece que o que mais se aproxima do meu interesse chamaram de LIBERDADE. Mas não é. É perto, mas ainda está longe, considerando a quantidade de pontos que existem entre dois pontos.
Confunde, eu sei.
Não é uma reticências. Reticências é o que sou, não o que busco. Sinto que minha busca seja exatamente por isso: :.
Não só busco isso, como também a mim mesma. Ou na ordem inversa.
Como tantos, busco a mim mesma. Como alguns desses, busco pelos dois pontos. Como raros desses alguns, descobri que busco a dupla de pontos. Como todos desses raros, ainda não consegui enxergar o que há entre os dois pontos, tampouco o que há entre ambos e o ponto final e, por fim (fim?) faço parte de todos aqueles que, ainda que tenham concluído (concluído temporariamente, claro) por esse objetivo, ainda desconfiam que estão longe (quase como uma linha reta) do que realmente se busca.
Aliás, voltando ao ponto final, muita prepotência de quem o inventou. Sinceramente, era a pessoa mais ignorante do mundo, igual àqueles que me dizem: “Você tem problemas. Você é doente.” Sim, os tenho. São meus. Meus problemas e meus questionamentos e minhas buscas. Doente? Doentes são eles, que não têm problemas.
Talvez um tipo de cegueira, deficiência, autismo, sei lá.
Sei lá.
Expressão puramente brasileira e deliciosamente despreocupada.
Acho que é isso que procuro: sei lá! Ou, como diria o filho de um colega, “Silá, papai! Silá!”!

Um comentário:

  1. Acho que isso acontece com todo mundo, embora a maioria nem se dê conta, Gabriella. Somos todos incompletos, frações de indíviduo. E frações que, às vezes, quando cuidamos de somá-las, dão mais de um ou até vários indivíduos! Somos pouco para nós e muito para o mundo. Ou será o contrário?

    SEI LÁ...

    Um abraço

    P.S.: Bom saber que certas libélulas, além de helicópteras, são capazes de levitar...

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