domingo, 28 de dezembro de 2014

Era pra ser

Era pra ser só o que se tinha planejado ser
Mas seu cheiro impregnou nos meus poros
Exalo teu gosto pelas pupilas quando fecho os olhos
Sinto sua pele, sua respiração.
Sinto arrepios como se você estivesse aqui.
Mas você está ai, com ela.
Sei um saber desprezível
Que você não mais vai passar por aqui
E sinto
Sinto saudade de coisas que não vivemos
E prazeres que não sentimos
E gostos que não experimentamos
E, principalmente, das risadas que não demos.
E sinto
Um movimento brusco e gelado
Das minhas entranhas se contraindo
Não há lágrimas porquê não houve tristeza
Não há lembranças porque não existiram fatos
Não há decepções porque não houve expectativa

Não há esperança porque não se pode ter.
(frô)

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