sábado, 22 de maio de 2010

Meu Assassinato ( ou Meu Suicídio, ou Por Mim)














A noite aparece e o sono se esconde.
Dupla faz perfeito cenário, clima.

Revejo programação:
O comprimido, a água, o relógio.

Consigo fechar os olhos e pensar.
Repenso.
Lembro.
Relembro.

Me assassinar.

Pela manhã, ainda,
o primeiro passo.

E nunca mais terei que enxergar
o centro, epicentro, olho.

Até quando eu quiser.
E se...
mas...
querer tarde demais...

Vôo. Volvo. Volto.

Caminhei toda a minha vida
e cheguei aqui.
E chega.
Vida não minha. Não mais minha.
Nunca minha. Não eu.

Um gole, um sorvo.
Um peito comprimido.
Um tempo.

(frô)

Nenhum comentário:

Postar um comentário