quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Destinatario:

Uma segurança tão estranha é o que voce me traz. Segurança de quem segura, aperta pedindo confiança. E atendendo, me agarro aos teus dedos, morta de coragem doída, piscando feito luz de farol na madrugada.

E, numa dessas, quando ela brilha num amarelo fosforescente, sorrio e nado em teu mar.

Enquanto isso, vou (me) congelando, de dentro pra fora, porque o mar é quente.

Dai, voce chega, em seu barquinho de tronco de árvore, me chamando pra subir.

E a coragem, feito farol.

Subo, sem certeza de nada.

Nao sei se é certo, nao sei se quero, aonde vou. Nem sei se me cabe contigo, mas vou.

O vento corre gelado nos meus escorridos cabelos molhados; os congela. Rio.

Que falta sinto do meu Rio.

Chegamos no encontro e aqui, nos vamos. Tchau, mar!

E cuidado! Engolir barquinhos e tripulantes pode causar indigestão!

Um comentário:

  1. Olá Gabriella!
    Prazer conhecer o seu espaço e suas letras! Muito belo!

    Abraço!

    E vamos confiar na vida! ;)

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