domingo, 11 de janeiro de 2015
















Não foi um lance; foi um romance!
Daqueles, bem “água com açúcar”, meloso, fofo.          
Daqueles que eu insisto em dizer que quero distância,
Por que falta tempero... e é tão insosso!
Justo eu, que troco qualquer banquete salgado
por um único e solitário brigadeiro!

Extravasando minha essência,
Apesar das aparências e manifestações,
Seu cheirinho me traz sentimentos coloridos.
São vontades perfumadas,
Pelas circunstâncias, trancadas,
A um passo de mim, de nós.

E chega um dia em que o passo, que era espaço, some.
E seus olhos, que mal falavam,
Palestram e discorrem sobre temas universais.
E seu sorriso, que se resumia a dentes grandes,
Relembra e grita, lascivo,
Histórias inteiras de desejos e sensações.

Mas chega um dia em que o espaço, que era um passo,
Torna-se uma vida inteira de andança.
Ao contrário do romance, efêmero, doce e fugaz,
O passo se multiplica em verdadeiras reticências
Relembrando, cada pontinho, toques e perfumes,
Guardados em segredo no infinito das lembranças.







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