terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Planalto





Planos.. altos..
Planos nascituros nada planos,
planando no céu seco,
como pessoas ocupadas, solitárias,
que respiram desse ar.

Agarrados pelos transeuntes aglomerados,
Pelos estrangeiros passageiros, errantes,
Os planos agora aconchegantes, nada planos,
mais pra morros envolventes e românticos,
montanhas doces, meigas e falantes.

E nos planos, nas idéias aladas,
Os corações são desarmados pela igualdade
- Intrínseca que nos inflige a natureza,
E rara, que nos aflige a alma, desnuda e delicada -
E queima ao sol quente da verdade.

Embora nuas, as almas se entendem e se entregam
Ao encontro do amparo e do cuidado,
de Marias, de Josés e de Joãos,
Pessoas quaisquer, nesse mundo desvairado
Que se encontram numa breve e eterna amizade.

E um dia...
Um dia depois de muito sol,
Muita água, muito mar e muito sal,
Os planos altos passando longe dos planaltos,
A gente mata, se mata e solta com vontade
um sonoro “foda-se” a essa saudade!












2 comentários:

  1. Parabééns!!
    Está ótimo o poema! Adorei ^.^

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  2. Sou um desses muitos Joãos.
    Um qualquer, um exclusivo.

    Bom andar por aqui...

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