domingo, 14 de janeiro de 2018

Sinto um sopro no meu rosto.
Fecho os olhos e percebo que o agora é novo.

Abro os olhos, feliz. Você ficou no ontem.

Dou dois passos. Vou almoçar com outro alguém e ele escolhe nosso restaurante. Entre as 375 mesas disponiveis, ele escolhe a nossa, onde nossas mãos esquerdas se entrelaçavam  enquanto as direitas seguravam os copos. Sua presença é tão densa, que te procuro; preciso me certificar que estou só.

A noite cai e uma amiga me visita. Ela me apresenta um trecho de um livro cujo autor tem seu nome. O texto fala de amores passados.

Escuto uma musica vinda do apartamento do vizinho, que acompanha minha leitura. É, justamente, a nossa musica.

Olho para os lados novamente, porque preciso me certificar que estou só. Sim, confirmo.

Deixe-me dormir, agora.
(04/2016)

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