sábado, 20 de março de 2010

Sonetos de esperança


Antes, ouvia suas palavras
Sabia o que pensava
Sentia o que dizia
Via o que queria
Dizia o que sentia
Sentia
Agora não mais que olhares despercebidos
E vagos, vagos em um frio deixado pelo fim
Da chama do desejo de amores intensos.
Procurados, sofridos:
Não encontrados.
Em devaneios da solidão sinto ainda seus afagos:
Doce maciez dos poucos toques
Dum único e amado beijo, trazido por compaixão;
Não volúpia intensa do gozo do amor extremo
Por mim sentido,
Mas ainda sim, alguns momentos queridos
Que para sempre n’alma fincada
Em eternas lembranças do amor perseguido.
Correm-me em face, lágrimas
Da última esperança;
De que o fogo existia atrás de
Suas frias palavras,
E que as palavras do coração arrancadas
Agora esquecidas,
Sejam lembradas.
               
Selaht (um amigo)

Nenhum comentário:

Postar um comentário